Quando me pego pelas mãos
a sair sem rumoe a cada passo, passar um futuro,
um volume qualquer me atinge as costas
e abre,
objetivamente,
um furo.
Suponho um tiro,
um ataque políticoou uma flecha indígena, ao acaso;
Penso em uma guerrilha urbana,
na violência do amor
ou em qualquer outro objeto pontiagudo.
Viro meu olhar,
a procurar a origem do disparo.Não vejo um inimigo outro:
Desta vez, me deparo
com um exército,formado
pelas armas
dos meus próprios rastros.